terça-feira, 22 de novembro de 2011

Seleção- Liga Futsal 2011

Na maior humildade possível, venho aqui divulgar a minha seleção da Liga 2011.
Sem muito fanatismo, na mais crú realidade, baseada em valências técnicas, táticas, físicas, e por quê não, psicológicas.

O futsal continua grande, continua engrandecendo os esportes coletivos, continua me encantando...fico fascinado com todos os conceitos que envolvem o jogo, e cada vez mais vejo que, nada sei.

Essa Liga foi a melhor que já vi, apesar de não achar tão técnica quanto a de 2009. O equilíbrio foi fator determinante pra essa emoção toda, além de, é claro, os times de camisa (do futebol) estarem chegando forte na modalidade, 2012 será sensacional!

Aqui vai a minha seleção, em dois quintetos, ambas formadas pela formação básica (1 goleiro, 1 beque, 2 alas e 1 pivô) e algumas menções realmente merecedoras:

Time 1 -
Goleiro: Lavoisier (ACBF)
Fixo: Rodrigo (ACBF)
Alas: Valdin (Santos FC) e Marcênio (ACBF)
Pivô: Simi (Corinthians)

Time 2 -
Goleiro: Nei (Florianópolis)
Fixo: Marinho (Intelli)
Alas: Jackson (Santos FC) e Gadeia (Copagril)
Pivô: Sinoê (ACBF)

Melhor Jogador 2011: Valdin (Santos FC)
Melhor técnico: Sérgio Lacerda (Florianópolis)

Artilheiro: Falcão (Santos FC). Entendam, colocá-lo nos quintetos seria clichê, moleza. Bem como Paulo Mussalém, Ferretti e PC.


Menções:
Técnicos - Cidão (Intelli), Ivan Gomes (São José) e Marquinho Xavier (Copagril).
Jogadores - Rennan, Flávio, Thiaguinho (ACBF) - Neto, Pixote, Jé e Ricardinho (Santos FC) - Dyego, Léo Oliveira (Copagril) - Danilo Baron, Paulinho (Corinthians) - Genário, Cris, Macdoval (Intelli) - Keké, Ferrugem, Pepita (São José) - Duda, Antônio, Márcio (Florianópolis).

Deixo minha homenagem e elogio ao Paulo Vitor (3° goleiro- Santos FC). Foi para o banco em 2, 3 jogos da Liga, no máximo, entrou e deciciu nos penaltis, jogador criado na base do futsal santista e amigo pessoal.

Desculpem-me por injustiças e esquecimentos.

Um forte abraço, e até a próxima!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Desculpas...

Dedicado à todos os políticos sem fundamentos racionais. Dedicado à todos os dirigentes preocupados em receber ´´sua moeda´´ e nada mais. Dedicado à todos que cobram resultados sem se preocupar com a verdadeira preparação de um atleta. Dedicado à todos os guerreiros do esporte, que conseguem muito, com praticamente nada. Desculpas de um país nojento, desonesto, hipócrita e egoísta, que se diz sub-desenvolvido e parece viver na Baixa Idade Média.


Um grande abraço à todos!!!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Treinamento de Goleiros

Peço desculpas pela demora nas postagens. Estava muito ocupado com a preparação dos Jogos Regionais - Santo André - 2011. Quero parabenizar à todo grupo da Praia Grande pela medalha de bronze e a classificação para os Jogos Abertos do Interior no final do ano.

Colocarei nessa postagem um vídeo de um treinamento que apliquei nos meus goleiros do sub-20. Procurei mesclar as seguintes valências: treinamento funcional, saídas em guarda baixa, melhor condição anaeróbica, ´´espacati´´, entre outras...

Vale citar que o Lucas fez um campeonato de altíssimo nível. Jhonny jogou 1 período contra o Corinthians e também correspondeu como esperado.

Espero que possam observar e absorver alguns bons elementos desse treinamento.

Um grande abraço!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Protagonismo na quadra.

O Futsal a cada ano torna-se mais coletivo, dependente de ações conjuntas de todo o quarteto de linha no momento do jogo (ou quinteto) ou de otimização de jogadas individuais através de alguma situação agrupada.
Ontem mesmo comentava com o nosso preparador físico (muito competente no alto rendimento, porém, oriundo do Voleibol): a graça do jogo está em ser imprevisível dentro da previsibilidade de um sistema. O Basquete e o Handebol, por exemplo, caminham pela mesma jornada.
Mas e o craque? O diferenciado, acima da média, fora de série? Sim, ele existe, mas é e cada vez mais será mais raro de ser visto. E não por falta de qualidade técnica, nunca, afinal, estamos no Brasil. Mas por tamanho equilíbrio que os estudos, os trabalhos, os treinamentos em suas mais variadas situações, proporcionam ao dia-a-dia do Futsal.
O Falcão não é o único craque do Futsal mundial, talvez ele seja o único a ficar mais de 3 segundos com a bola no pé, talvez seja o mais imprevisível driblador, além daquela história toda de ´´show man´´. Está certo, Unilus, Wise Up, Umbro, entre outros, precisam desse toque a mais, e assim ele mesmo pode comprar sua cobertura milionária em Balneário Camboriú (alguém ai falou que o futsal não dá dinheiro?). O Falcão é o protagonista do jogo, sempre que está com a bola. Mas analisando friamente as ações dentro de quadra, dentro de um sistema de marcação forte, como não considerar Danilo Baron (Corinthians/São Caetano), um grande e habilidoso ´´achador´´ de passes, um craque? Ou Lenísio e Vander Carioca (ambos do Poker/Petrópolis), que abrem linhas-de-passe inimagináveis. Ou até mesmo o incansável Valdin, que sai da sua quadra defensiva e está na segunda trave adversária em minúsculas frações de tempo. Leco (Krona/Joinville) (foto) provavelmente não consegue fazer mais que 3 ´´embaixadinhas´´, mas desarma com uma eficiência absurda.
Como sempre, é inevitável nas rodas de jovens leigos ou principalmente nos botecos espalhados pelo Brasil, a comparação com o Futebol. Vendo bem de perto, certamente observaremos que apesar da enorme imprevisibilidade encontrada em virtude do tamanho do campo, o Futebol também se torna a cada temporada, menos imprevisível, mais duro, mais pensado e equilibrado. Sim, você que acha que não pode ser jogador porque não sabe driblar, esqueça, sabe bater e é alto? Arrume um procurador e vai virar zagueiro! E não se irritem torcedores amantes do futebol-arte, apenas acostumem-se, isso acabou, apenas aparece de vez em quando.
Neymar é o protagonista do Santos e da Seleção Brasileira. Tenham certeza que é mais fácil do que na quadra, mas que para o mesmo conseguir partir em velocidade mudando rapidamente de direção, inicialmente do lado esquerdo do campo, algumas situações táticas precisaram ser abordadas. É assim, e tem que ser assim. O futuro caminha lado-a-lado conosco e facilita as coisas para nós. O mesmo cara que se revolta ao ver um ´´pé-duro´´ na quadra, gostaria de ouvir o jogo na rádio ou o ver em seu celular, ou quem sabe em casa no seu enorme home-theater? Muita boleiragem para pouco estudo...
Falcão está para o Brasil como Pula está para Rússia, Ricardinho para Portugal,  e talvez Ortiz, Fernandão, e Luís Amado, para a Espanha. Falcão toca na bola e o ginásio se levanta e aplaude como se estivesse no ´´ Cirque du Soleil´´. São diferentes, craques. Mas vamos procurar entender melhor essa relação daqui pra frente. Estudar e extrair melhor as especificidades de cada jogador.
O coadjuvante e até mesmo o figurante, podem um dia fazer o gol do título.
Grande abraço!!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Linhas-de-passe e suas transposições.

Como ficar o maior tempo possível com a posse-de-bola? Seria correto aumentar as dimensões da quadra ou 40x20 é o suficiente? Entre muitas outras abordagens...há quem diga que é covardia marcar em linhas 3 e 4, há quem considere incapaz e incompetente o técnico que propõe marcações por zona nas categorias de base. Pode acreditar! Até acho que isso abre espaço para algumas discussões, mas vamos com calma! No estilo de jogo atual e em suas mais variadas situações, a agressividade da qual considero ideal e abordei na última postagem está sempre presente, isso é inegável. Talvez por ser treinada, talvez por estar presente no jogador, ou talvez pelo simples calor ou necessidade da partida, do sub9 ao adulto, guardadas as devidas proporções. O que dificulta muito a transposição de linhas-de-marcação e nos remete a quebrar a cabeça na busca por criação de linhas-de-passe. Na busca pelo perfeito encaixe padronizado de troca-de-passes, pela perfeita organização ofensiva, ou procurando transpor linhas-de-marcação, convivemos e vivenciamos alguns dilemas no jogo de Futsal moderno. O material humano (qualidade e quantidade) que foi dado para você trabalhar, basicamente vai ditar o ritmo, a intensidade, e pra onde vai pender o seu trabalho. Em sua periodização você vai priorizar ataque, ou defesa? Mas mesmo assim, as vezes mais ou as vezes menos, você há de qualificar a posse-de-bola da sua equipe de alguma maneira para não viver na eterna esperança de um contra-ataque milagroso. Padrões, trabalhos de manutenção de posse-de-bola e etc. Não é mais certo nem mais errado vencer um jogo de maneira defensiva constante, e muito menos covarde, mas não vamos nos enganar, um gol bem trabalhado em padrões que transponham zonas-de-marcação, é muito mais bonito!!
Tomemos como exemplo o jogo de sábado passado (25/06) entre Santos/Cortiana x Corinthians/São Caetano. 4 a 1 para o Corinthians foi o resultado final. Costumo brincar que quando somamos Ferretti + Falcão + Gol-linha = no mínimo 1 ou 2 gols. Coisas do acaso, não me recordo de um momento sequer de bom aproveitamento na troca de passes e quebra de linhas-de-marcação, e aquele que considero o maior estrategista do futsal mundial, PC de Oliveira, venceu a partida. Isso que estou citando situação de superioridade numérica, não teve jeito. Nesse caso, a dura, agressiva e concreta marcação e o trancamento de linhas-de-passe venceram a enorme qualidade técnica e tática (claro que o goleiro também participou dessa brincadeira, muito apesar de eu não o achar ´´nada demais´´). Certa vez ouvi o Ferretti dizer que o passe não se caracteriza somente pelo seu gesto motor, e que para a perfeita execução do mesmo, seja ele simples ou complexo, curto ou longo, precisamos de muita concentração de quem está com a bola e abertura de linha-de-passe, ou seja, criação dessa linha. Basicamente ele quis dizer que quem efetua o passe não é só quem mexe o seu pézinho. No Brasil, onde temos fundamentos bem trabalhados, nossa maior dificuldade nessa valência é posicionar corretamente quem vai receber o passe. Inteligência não é criada no atleta, mas aperfeiçoada, talvez.
Seguimos estudando formas de quebrar linhas gerais da quadra...um grande abraço!!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

E a tal da agressividade?

Primeiramente gostaria de agradecer antecipadamente à todos os amantes de futsal, atletas, amigos e familiares que me apoiam nessa dura jornada diária na busca pelo crescimento profissional em seus mais variados contextos, dentro e fora da quadra. Espero que com essa ferramenta eu consiga divulgar um pouco do que penso e faço.
Vamos ao que interessa...nessa primeira postagem, gostaria de fazer algumas abordagens referentes à palavra ´´agressividade´´ no treinamento desportivo de base. Por vezes bem ou mal interpretada, no Futsal de alto rendimento, e principalmente nas categorias de base mais próximas da maioridade, entendo que a agressividade deve ser aplicada nos trabalhos diários em seus trabalhos mais breves, ou mais dinâmicos. Entretanto, encontro diversas dificuldades em meu trabalho (sub17 e sub20) para o encaixe dessa valência que considero básica para um jogador profissional de futsal. Nessa semana estou podendo acompanhar um pouco do trabalho das seleções brasileira masculina e feminina de Handebol, que treinam no Ginásio Falcão, na Praia Grande, ginásio onde aplico meus treinamentos. E por residir em Santos, posso acompanhar brevemente um pouco do desenvolvimento do trabalho do Santos FC/Cortiana. Fazendo uma razoável associação entre essas equipes, é de ´´brilhar os olhos´´ de qualquer treinador, a diferenciação que os atletas fazem ao ´´tomar uma pancada´´ e ´´sofrer agressão´´.
Estamos no Brasil, país da Pseudo-Boleiragem, país do ´´dribla todo mundo e faz o gol´´, país onde o torcedor, o atleta, a comissão técnica (passando por cozinheiro, roupeiro, até chegar no treinador) e qualquer indivíduo diz ter uma passagem no mundo da bola. Tal ignorância nos remete ao levantamento de diversas questões abordadas em cursos, palestras, estudos teóricos e práticos de não só o Futsal, mas também todos os outros os esportes considerados ´´derivados´´ do Futebol (Futebol Society ou de 7, Beach Soccer, Futevôlei e por aí vai). Questões como o improviso, a imprevisibilidade, serão inevitavelmente sempre levantadas. Cito a agressividade pois vivo no meio desse contraste entre categoria de base e categoria maior, e entendo que esse fundamento deve ser aplicado em 90% dos tipos de treinamentos. Como pode o treino de Handebol ser tão agressivo, o atleta tomar socos, chutes, ponta-pés, e render tão bem, enquanto em seu treinamento, determinado jogador reclama no primeiro ´´encontrão´´, as vezes chegando as vias de fato. Acho que não somente isso, mas percebo que nossa cultura interfere muito no discernimento entre o ser agressivo e o ser maldoso. Tive muita evolução nesse processo, meus atletas num geral entendem expressões e abordagens gerais da quadra, e já mantém padronizado que atividades mais intensas e que otimizam ocupação e briga por um espaço da quadra, exigem o máximo de agressividade possível, chegando quase sempre e sem exagero ao limite entre agredir e ser maldoso. É correto incentivar a intensidade desse fundamento? Qual o limite certo? O que mais pode atrapalhar no desenvolvimento dessa valência? O quanto nosso cultura interfere no desenvolvimento dos nossos atletas? O que você pensa?

Um grande abraço, e até mais!!